Descrição enviada pela equipe de projeto. A residência situa-se nos arredores de uma pequena cidade da região de Baix Empordà. Está disposta no limite entre as construções e os campos que rodeiam o local.
Essa implantação singular faz com que a residência feche-se para a rua, dando as costas à comunidade e abrindo-se com grandes janelas para as vistas. Outra peculiaridade do lugar é a presença do vento norte. Ante essa adversidade, a casa é recolhida na fachada norte e abre-se com um pátio na fachada sul. Dessa maneira o projeto é entendido como uma sequência de espaços fechados e abertos, onde sempre há relações com o exterior.
Em sua fachada sul a casa está coberta com um trançado feito de bambus. Esse elemento serve como filtro e proteção da casa para o exterior. Além de conferir ao conjunto caráter e singularidade. Através de um sistema de persianas, pode ser aberto por partes, sendo que o aspecto da casa é transformado em função das aberturas.
A residência está dividida em dois pavimentos para adaptar-se ao desnível entre a rua e a topografia. No pavimento superior, onde é feito o acesso, dispõe-se de um estúdio com banheiro e cozinha. Além disso, há uma área para estacionar dois carros ao ar livre. O piso inferior gira em torno de um pátio. É o pavimento principal, onde encontra-se a sala, copa, cozinha dois dormitórios e um banheiro.
Toda a casa é construída com chapas de compensado aparente. Também inclui uma caldeira de biomassa e um sistema de aquecedores que regulam o consumo da mesma.
Teto jardim + caldeira de biomassa
Nesse projeto utilizou-se dois sistemas que otimizam o funcionamento energético de uma residência. Por um lado a cobertura da casa é um teto jardim. Essa solução faz com que a residência tenha oscilações de temperatura inferiores à maioria das construções. As coberturas verdes, com suas camadas vegetais e de terra servem como um bom isolamento térmico, reduzem as variações de temperatura entre dia-noite, diminuem as variações de umidade no ar, produzem oxigênio e absorvem gás carbônico.
O segundo sistema utilizado foi uma caldeira de biomassa com combustível de pellets de madeira. Os benefícios dessas caldeiras são muitos. Os pellets são resíduos de outras atividades e isso favorece a canalização de excedentes agrícolas. Geralmente vêm da mesma região onde são consumidos, de modo que a economia local é incentivada. As caldeiras não apresentam riscos de explosão, não são voláteis, ou produzem odores. E o custo dos pellets é inferior ao de outros combustíveis de aquecimento, como propano ou resistências elétricas.